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16 de Abril de 2024

“Este é um tempo em que se há de pedir serenidade”, afirma Cármen Lúcia em pronunciamento

Ministra defende que pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica.

Publicado por Jerry Althyern
há 6 anos

Nesta segunda-feira, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, fará pronunciamento na TV Justiça pedindo "serenidade aos brasileiros para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social".

Nas palavras da ministra, "vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições". Para Cármen, "há que serem respeitadas opiniões diferentes."

Vale ressaltar que o pedido da presidente do Supremo acontece dois dias antes do julgamento do HC 152.752 de Lula, para evitar a execução provisória da pena imposta pelo TRF da 4ª região.

Confira a íntegra do pronunciamento

__________

PALAVRA DA PRESIDENTE
A democracia brasileira é fruto da luta de muitos. E fora da democracia não há respeito ao direito nem esperança de justiça e ética.
Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições. Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade.
Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social. Serenidade para se romper com o quadro de violência. Violência não é justiça. Violência é vingança e incivilidade.
Serenidade há de se pedir para que as pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica.
Somos um povo, formamos uma nação. O fortalecimento da democracia brasileira depende da coesão cívica para a convivência tranquila de todos. Há que serem respeitadas opiniões diferentes. Problemas resolvem-se com racionalidade, competência, equilíbrio e respeito aos direitos. Superam-se dificuldades fortalecendo-se os valores morais, sociais e jurídicos.
Problemas resolvem-se garantindo-se a observância da Constituição, papel fundamental e conferido ao Poder Judiciário, que o vem cumprindo com rigor.
Gerações de brasileiros ajudaram a construir uma sociedade, que se pretende livre, justa e solidária. Nela não podem persistir agravos e insultos contra pessoas e instituições pela só circunstância de se terem ideias e práticas próprias. Diferenças ideológicas não podem ser inimizades sociais. A liberdade democrática há de ser exercida sempre com respeito ao outro.
A efetividade dos direitos conquistados pelos cidadãos brasileiros exige garantia de liberdade para exposição de ideias e posições plurais, algumas mesmo contrárias. Repito: há que se respeitar opiniões diferentes. O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros.
A República brasileira é construção dos seus cidadãos. A pátria merece respeito.
O Brasil é cada cidadão a ser honrado em seus direitos, garantindo-se a integridade das instituições, responsáveis por assegurá-los.

Fonte: Migalhas

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3 Comentários

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O que significa “serenidade” para a presidente do STF? Seria a aceitação bovina pela nação de qualquer decisão da Corte, ainda que contrária a seus valores mais caros?

Nos dias atuais, a soberania popular resolveu se sobrepor à vontade de instituições carcomidas e tem dado o recado muito claro de que quer ser realmente ouvida. Cabe, pois, perceber que a ordem jurídica só faz sentido se a vontade soberana do povo a entender razoável. Caso com ela não concorde, não há tribunal ou governo que consiga fazê-la prevalecer. Em caso de arrogante teimosia, o custo para as instituições e consequentemente para o país pode ser alto demais. continuar lendo

Palavras perfurantes e sábias, caro Ricardo. Não há o que acrescentar, muito menos discordar! continuar lendo

É o que penso, colega! Obrigado por consignar sua opinião! continuar lendo